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Substitua as telas por…

Atualizado: 5 de out. de 2022



A primeira infância é um período determinante para o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Nesta fase, de acordo com estudos da neurociência, o cérebro passa por uma intensa fase de amadurecimento, o que determina uma grande capacidade de absorção do ambiente. Além disso, neste período, a comunicação entre os neurônios se desenvolve por meio das interações que estimulam os sentidos. Dessa forma, percebe-se a importância dos estímulos certos nessa etapa do desenvolvimento.


Com a inserção da tecnologia cada vez mais cedo na rotina das crianças, alguns estímulos têm sido substituídos pelas telas e isso afeta o desenvolvimento cognitivo, influencia visão, elimina as oportunidades de desenvolver outras áreas do cérebro e dificulta a prática de habilidades motoras e sociais.


Os efeitos do excesso

Quando a coisa sai dos trilhos, há impactos no desenvolvimento físico, mental e intelectual:

  • Sedentarismo: trocar as atividades físicas e ao ar livre por horas e horas de TV, celular ou computador leva ao comportamento sedentário e, por tabela, ao ganho de peso.

  • Miopia: o Conselho Brasileiro de Oftalmologia divulgou uma pesquisa nacional que mostra que sete em cada dez médicos registraram aumento nos casos em pessoas de até 19 anos.

  • Cognição: o bombardeio tecnológico pode respingar na forma de problemas de atenção, concentração, memória, aprendizado e, na esteira disso tudo, abalos no desempenho escolar.

  • Emoções: a liberação desordenada de hormônios e neurotransmissores é capaz de gerar quadros de ansiedade, irritabilidade, depressão e dependência. É muita coisa pra cabeça!

  • Solidão: a comunicação virtual não substitui a interação pessoal. Assim, indivíduos superconectados podem viver isolados da família e de amigos e reféns de problemas psíquicos.

  • Sono: as telas atrasam o horário de ir para a cama e encurtam a duração do descanso. Além disso, a exposição à luz artificial atrapalha a liberação do hormônio do sono.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB) recomenda evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, além de limitar o tempo de uso ao máximo de uma hora por dia, para crianças entre dois e cinco anos, com a supervisão dos responsáveis.


Mas, como substituir as telas?

1 - Tenha opções de brincadeiras

Papel, tinta, massinha, giz de cera… são algumas das opções que precisam estar sempre disponíveis para entreter as crianças não só em casa, mas em todas as saídas com os pequenos.


2 - Faça rodízio de brinquedos

Muitas vezes as crianças preferem brincar com potes, panelas, mesmo tendo uma infinita opção de brinquedos à disposição, não é? Isso acontece porque eles perdem o interesse rápido dos brinquedos que estão sempre expostos, ficando entretidos com objetos diferentes que encontram. Revezar os brinquedos que ficam expostos, os torna sempre uma novidade para as crianças.


3 - Planeje atividades para o dia

É importante planejar a rotina de forma a envolver as crianças em atividades diversas, com o objetivo de não se deixar levar pelo mais fácil e entregar as telas como forma de entretenimento para os pequenos. Aqui, se possível, contate sua rede de apoio para ajudar nisso!


4 - Torne sua casa acessível para as crianças

As crianças precisam ter autonomia para brincar. Por isso, é essencial que brinquedos, livros estejam ao alcance delas, em móveis baixos, para que elas tenham facilidade de acessá-los.


5 - Use a tecnologia a seu favor

A tecnologia pode ser usada de diferentes formas. Por exemplo, uma atividade para cantar, dançar, ouvir música pode utilizar o celular sem necessariamente usar as telas e fazer um uso passivo, em que a criança não faz nada além de consumir um conteúdo.


6 - A criança imita o adulto

Pergunte-se o que você costuma fazer nos momentos de descanso e lazer. Se a resposta sempre for algo na frente de uma tela, seu filho seguirá seu exemplo. Por isso, vale rever os hábitos. Que tal substituir o celular ou a TV por um livro, ou música, ou um hobby que você gosta?


7 - Tenha um horário definido

Nem um tempo exagerado aos finais de semana; nem tempo nenhum durante a semana. O equilíbrio também se alcança tendo um horário definido para as telas! E algo que possa ser um pouco por dia, todos os dias.


Quando há um período do dia mais estabelecido, fica mais fácil para as crianças entenderem que o momento de deixar as telas já chegou.


8 - Proponha algo divertido para o pós-tela

Reduzir o uso de telas funciona melhor quando a atividade seguinte é algo divertido para seu filho. Pense em você, adulto: qual é normalmente a sua reação quando você precisa desligar a novela ou a série preferida para lavar roupa ou tirar o lixo.


Para as crianças funciona da mesma maneira. Ou seja, pense em permitir o uso dos eletrônicos de forma que em seguida seja hora de brincar, de alguma atividade que seu filho goste de fazer.


9 - Tenha uma conversa franca

Para reduzir o uso das telas, seu filho precisa entender porquê ele tem que fazer isso. Explique para ele o motivo da tela ser prejudicial!


Claro, que uma criança muito pequena não vai entender a ponto de discutir com você o assunto. Mas mesmo para elas, é importante e respeitoso explicar de forma simples, o que acontece ao ficarmos muito tempo “interagindo” somente no celular. Aliás, qual é o seu motivo para que seus filhos passem menos tempo nas telas?


O que entra na conta

Os meios e recursos mais utilizados que fazem as crianças extrapolarem limites saudáveis:

  • Celular e tablet: não são brinquedos nem deveriam ser dados de presente aos pequenos. O acesso exige regras e controle do conteúdo.

  • Televisão: parece ser hoje o menor dos males e tem menos potencial viciante, desde que seja assistida de forma adequada e supervisionada.

  • Videogame: os jogos são os mais associados à dependência eletrônica. Perda do sono, estresse e agressividade estão entre as consequências.

  • Redes sociais: a promessa era aproximar as pessoas, só que o abuso isola, aumenta o risco de ansiedade e depressão e a exposição ao bullying.

Além disso, também separamos algumas dúvidas mais comuns:


A partir de que idade dá pra liberar as telas?

A SBP recomenda zero exposição a crianças de até 2 anos. Mas alguns pesquisadores, como o neurocientista francês Michel Desmurget, são mais radicais e postulam que as telas devem ser evitadas a todo custo até os 6 anos de idade. No final, cada família adapta a informação à própria realidade.



Quais os limites por faixa etária?

A SBP recomenda até uma hora por dia a pequenos de 2 a 5 anos (com supervisão); até duas horas entre 6 e 10 anos de idade; e até três horas para quem tem de 11 a 18 anos, incluindo tudo nesse pacote (TV, computador, videogame…).


Como fica o uso para fins escolares?

Depois da pandemia, aulas e recursos online entraram de vez no dia a dia das escolas. Aqui no Educandário Santa Rosa nos preocupamos em dosar e aplicar as ferramentas certas, assim como capacitar nossos professores. Aos pais fica a missão de educar sobre um uso saudável em casa.


Pode colocar TV ou computador no quarto?

Experts são unânimes ao contraindicar isso. Crianças não têm um autocontrole estabelecido, podendo passar dos limites de tempo e tipo de conteúdo. Sem contar a perda da convivência familiar e os impactos na quantidade e na qualidade do sono.


Quando é melhor evitar as telas?

Pelo menos uma hora antes de ir para a cama — a luz das telas inibe a produção do hormônio do sono — e, para alguns especialistas, antes de ir à escola. Além disso, não permita o uso durante as refeições, as aulas e as interações com colegas e familiares.


Dá para assistir ou jogar com a família?

Sim, e esse é o melhor caminho, desde que o tempo e o conteúdo sejam adequados. A ideia é utilizar como um passatempo após os deveres da escola, sobretudo se houver interação entre as pessoas. Assim, até o videogame entre amigos está liberado.


Embora seja difícil conciliar a correria do dia a dia com a substituição das telas na hora de entreter os pequenos, é inegável a importância dessa substituição para o saudável desenvolvimento motor e cognitivo das crianças. Sendo assim, esperamos que essas 9 dicas te ajudem a trocar cada vez mais o uso das telas por brincadeiras com o seu filho(a)!


Fontes:

Tempo junto

ISEM

Veja Saúde

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