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A importância de encorajar as crianças

Atualizado: 22 de dez. de 2022



Quantas vezes enquanto adultos sentimos a necessidade de um incentivo, encorajamento, motivação e apoio dos que nos rodeiam? Imagine, então, a importância que estes mesmos incentivos terão nas crianças, que ainda estão construindo suas visões de mundo e sua vida.


De fato, é importante sentirmos que somos capazes, que acreditamos em nós, que as pessoas nos apoiam. Os estudos no âmbito da teoria da autodeterminação indicam que existem três necessidades psicológicas inatas ao ser humano (competência, autonomia e vinculação) aos outros que, quando satisfeitas, contribuem para a auto-motivação, bem-estar e ajustamento social e psicológico. Pelo contrário, quando estas necessidades não são satisfeitas, geram menor motivação e bem-estar.


Desde que nascem, as crianças estão internamente motivadas para serem ativas, curiosas, para questionar e brincar, sendo que este interesse espontâneo para explorar é essencial ao desenvolvimento cognitivo e social. O contexto pode reforçar e promover esta motivação (ex. Através de desafios, feedback, comunicação e incentivo positivos) ou diminuí-la e desencorajar a criança (ex. Através do criticismo, não aceitação, feedback negativo), nomeadamente através do efeito que isso tem na sua percepção de competência.


Este sentimento de ser capaz, aliado a um sentido de autonomia e de autodeterminação (em que se permitem escolhas e iniciativas e em que se promovem os interesses da criança), aumenta a motivação da criança para uma série de questões. A investigação tem vindo a demonstrar que quando as pessoas são motivadas internamente têm mais interesse, prazer e confiança, melhores desempenhos, persistência e criatividade, autoestima e bem-estar. Já quando os pais são mais controladores e não suportam a autonomia dos filhos, estes tendem a ter menor motivação interna.


É também essencial que estas dinâmicas ocorram num contexto de relações e vinculações seguras, no qual as crianças sentem uma maior confiança em si mesmas e na exploração do mundo. Assim, um contexto que responda a estas necessidades de competência, autonomia e vinculação é essencial para a motivação, iniciativa, responsabilidade, ajustamento e bem-estar da criança!


Note-se que o incentivo e encorajamento devem reconhecer e promover sobretudo o esforço contínuo e a perseverança, e não os resultados. Desta forma, incentivar e encorajar pode fomentar a independência, a determinação e a confiança da criança nas suas capacidades.


Por isso, esqueça aquele antigo formato de educar os filhos, onde as crianças eram apenas espectadoras do seu processo de desenvolvimento, não tinham a liberdade de expressar opiniões, necessidades próprias e muito menos de participar de decisões.


Agora, cada vez mais pais, mães, cuidadores e educadores buscam incentivar o protagonismo infantil que, nada mais é do que enxergar os pequenos como indivíduos capazes de participarem ativamente de cada fase da sua aprendizagem.


“Protagonismo infantil é colocar a criança no centro do processo de aprendizagem, ativa na tomada de decisões, com liberdade para brincar e se desenvolver, envolvida em sua autonomia e responsabilidade. É tirar a criança do papel de espectadora e colocá-la como autora de sua história. É entender que a criança pode contribuir com suas ideias e opiniões, é jamais subestimá-las”, explica a pedagoga e educadora física Flávia Cavalcante de Carvalho Silva, que é especialista e mestranda em Educação.


Porém, pensar no protagonismo da criança é um exercício diário, que exige refletir sobre o relacionamento com os baixinhos. Afinal, é fundamental acreditar no potencial da criança e jamais menosprezar seus saberes, assim como abandonar comportamentos autoritários que possam ser praticados no processo de educação e deixar de julgar os pequenos como seres submissos às ordens e comandos dos adultos. “Eu vejo o protagonismo infantil como a descoberta do sujeito. O sujeito precisa ser autor dos seus sonhos, suas verdades e caminhar para conquistá-las. Protagonizar é oportunizar o fazer, o pôr em prática”, acrescenta a assessora escolar Manuela Moraes, que é co-criadora da Natureza em Cores.


Qual a importância de crianças protagonistas


Mas, afinal, quais os benefícios em incentivar o protagonismo infantil? “Sendo protagonista, a criança desenvolve a autonomia, autoconhecimento, autoestima, produtividade, habilidades de convivência, respeito ao próximo e resolução de problemas”, pontua a psicopedagoga Patrícia Pereira de Souza. Para a pedagoga Flávia Cavalcante de Carvalho Silva, uma criança protagonista da sua história será um adulto com mais habilidades emocionais. “A criança que vivencia um protagonismo é encorajada a resolver conflitos, aprende a pensar, tomar decisões, desenvolve senso de cidadania e responsabilidade social. Quando adulta, terá maior controle de habilidades socioemocionais, empatia e proatividade”, ressalta.


Sabemos que todos os pais querem ver seus filhos crescendo saudáveis, desenvolvendo sua inteligência emocional e intelectual e tornando-se jovens e adultos independentes, donos de si. Para que isso aconteça, é necessário incentivar os pequenos desde cedo a pensar soluções criativas para superar os próprios desafios!


Se você tende a blindar seus filhos de todo e qualquer obstáculo, saiba que, no futuro, essa postura poderá mais prejudicar do que ajudar, afinal, um traço comum do ser humano é que ele só evolui ao superar entraves. Tem sido assim desde a Pré-história!


Foi pensando nisso que preparamos uma lista com algumas ações que você deve tomar para estimular seu filho a ser inventivo e engajado na resolução das situações-problemas do cotidiano!


1. Incentivar a curiosidade e as perguntas

Lembre-se de quando você era criança. Há uma fase em que somos naturalmente curiosos a respeito de como o mundo funciona, não é verdade? Queremos testar limites, entender por que as coisas são do jeito que são, e, portanto, bombardear os adultos que nos rodeiam com perguntas.


É triste perceber que esse ímpeto de investigação e descoberta é coibido tão logo se inicia por pais e até pelas instituições de ensino despreparadas, as quais, ao invés de alimentar a curiosidade, tentam desenrolá-la. Se você quiser educar um adulto que não se contenta com respostas prontas e que deseja entender o universo que o rodeia, para, quem sabe um dia, melhorá-lo, alimente o fogo do interesse.


Arranje tempo para sentar com os pequenos e dialogar sobre tudo o que eles quiserem saber. Tenha paciência e embarque com ele na jornada pelo conhecimento, pesquise, leia e incentive sua fome por informação.


2. Resolver situações-problema

Sabe aquela aversão que seu filho tem de ir ao dentista? Ou impaciência na hora de montar algum brinquedo, e até aquela irritação infantil na hora que as coisas não saem como ele quer? É nesses momentos que novas ideias podem surgir.


Perceba que o importante não é que essas ideias sejam viáveis, mas que a criança se concentre para tentar sanar algum impasse, em “pensar fora da caixa”, em elaborar estratégias. Esse esforço mental para achar uma saída contribui enormemente para o desenvolvimento cognitivo infantil.


3. Estimular a auto expressão e a formulação de teorias

Uma criança, em todas as fases de seu desenvolvimento, precisa expressar suas emoções. O choro de um bebê nada mais é do que a expressão de algo que o aflige, como um desconforto, uma necessidade etc. À medida que ele for crescendo, entretanto, seus mecanismos de auto expressão ficarão mais sofisticados e ele procurará outras formas de interagir com o mundo e torná-lo consciente do que se passa em seu interior.


A arte é uma excelente maneira de permitir essa externalização de sentimentos. Ela funciona, muitas vezes, como uma válvula de escape não só para angústia, mas também para a criatividade e para a inteligência, fornecendo instrumentos para que a criança materialize seus desejos e dificuldades.


Seja por meio da dança, da pintura, dos esportes, do teatro ou da música, deixe sempre claro a seu filho o quão saudável é investir tempo nessas iniciativas. Como a arte é o terreno da experimentação, seu filho será encorajado a voar alto e a buscar novos horizontes.


4. Desenvolver o raciocínio lógico

Aqui você irá precisar liderar pelo exemplo. Procure aguçar sua capacidade de deduzir, de raciocinar logicamente sem a ajuda de calculadoras ou outros recursos eletrônicos, fazendo contas de cabeça, por exemplo, ou fazendo jogos como Sudoku e palavras-cruzadas.


Treine seu cérebro, aprenda uma nova língua, só assim seu filho se sentirá inspirado a fazer o mesmo. Um personagem literário referência para esse tipo de postura é Sherlock Holmes. Procure versões infantis das histórias e jogos inspirados nele. A capacidade de compreender a conexão entre causa e consequência é importantíssima ao longo de nossa vida, e treinar a percepção infantil (sempre respeitando os limites da idade) facilitará essa postura analítica.


5. Optar por brinquedos que despertem a imaginação

Ao invés de permitir que seu filho invista todo seu tempo em programas de televisão, que costumam deixar a criança em uma posição passiva (de receptor/espectador de uma mensagem), incentive-o a montar um quebra-cabeças, por exemplo, ou a ler, ou a construir esculturas com pecinhas.


Tenha em mente que o grande diferencial desses brinquedos é que eles representem desafios. A atenção da criança é direcionada a algo que não está pronto, e que só funcionará se ela se dedicar em participar da brincadeira. Seu filho precisa se sentir empoderado no sentido de resolver esses pequenos entraves, para que, mais tarde, sinta-se responsável por si mesmo, sua casa, seu dia a dia e seja capaz de responder por suas ações.


6. Cultivar o hábito da leitura

A leitura estimula a imaginação. Ela não só é divertida, como também essencial para o amadurecimento de um indivíduo. Geralmente, ao envelhecermos e passarmos da adolescência à fase adulta, perdemos o senso de admiração com o que nos cerca. Você já deve ter percebido que tudo vira mundano, lugar-comum.


É importante que o senso de descoberta e imaginação não seja extinto. A criança que for incentivada a imaginar novos cenários, a formular teorias e a se identificar com personagens, nunca cessará de ver as possibilidades do mundo e será mais criativa ao lidar com os obstáculos diários pessoais e profissionais.


Além de ser um portal para outros mundos, outras formas de vida e ideias, a leitura desperta a empatia, a habilidade de se colocar no lugar de outrem. Isso promoverá a tolerância e propiciará que seu filho saiba lidar com a diversidade e respeite o que é diferente.


7. Encontrar soluções criativas

As ações listadas aqui têm muito a ver com a capacidade de tomar decisões. É importante que seu filho sinta-se empoderado para decidir, que a ele sejam dadas opções de escolha e que sua opinião seja levada em conta.


As crianças precisam sentir que suas vozes são ouvidas e respeitadas. Só assim elas terão segurança suficiente para expressar sua criatividade e elaborar soluções criativas para seus impasses.


Nossa lista de ações o inspirou? Então confira agora nossas considerações sobre como desenvolver a inteligência emocional de seu filho!


Quando for encorajar sua criança, evite fazer elogios que envolvam ironia ou crítica, comparações, ou elogios fáceis e excessivos. Além de menos sinceros, tornam o elogio menos eficaz para encorajar a criança, podem fazer com que a criança espere sempre esse retorno externo e que sinta que falhou ou que não tem o mesmo valor quando não é elogiada. Podem ainda resultar numa grande pressão para a criança corresponder a expectativas desajustadas ou numa autoimagem irrealista e narcísica.


Lembre-se sempre que não existem receitas, cada criança tem características únicas e o nível e tipo de encorajamento que dá deve ser ajustado às necessidades e características dos seus filhos!


Adaptado de

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